segunda-feira, 6 de julho de 2009

O início, finalmente !

Estava super ansiosa para que esse dia chegasse. Na noite anterior, mal dormi, pensando em como tudo seria, o que é inevitável numa situação como essa. Eis que amanhece e eu acordo cedo e cheia de disposição, algo que há muito tempo não sentia logo pela manhã. Pudera, casa (quase) nova, emprego (quase) novo, mês novo, vida nova ! Acho que não poderia ser diferente..

O primeiro dia de trabalho, logicamente, foi cheio de novidades, a maioria delas, bastante agradável. A única ruim foi ter descoberto que o sujeito bacana que seria meu chefe, havia mudado de área poucos dias antes da minha chegada. Foi com essa pequena bomba que comecei minha nova fase da vida. Felizmente o impacto da notícia foi superado rapidamente, e ainda nesse primeiro dia tive inúmeras surpresas.

Em São Paulo, há quase 10 anos estava acostumada a almoçar com as galinhas, ou seja, as 11:30 da manhã (veja bem a gravidade, ainda é manhã, horário de café... da manhã !). Vi que estava chegando perto do horário e não houve absolutamente nenhuma manifestação sobre almoço ou fome. Quando já passava de 12:30, e meu estômago já numa sinfonia de roncos, não pude mais resistir.

Como ninguém me convidou, tive que ir sozinha mesmo. Tinha resolvido me jogar na rua, onde não faltam restaurantes, e escolher um dos que me foram recomendados. Mas dei sorte e, ao entrar no elevador, tive outra surpresa. Encontrei um sujeito que já conhecia, mas do qual não me lembrei de imediato, e que acabou sendo uma a companhia para aquele primeiro almoço. Como ele também já havia trabalhado com meu pai mais de 20 anos atrás, foi interessante ouvir algumas das histórias daquela época e receber o apoio de uma pessoa conhecida.

Vale dizer aos que não sabem, que trabalho na mesma empresa onde meu pai fez carreira, onde começou há quase 30 anos e portanto onde há bastante gente daquela época que o conhece e que conviveu comigo desde que eu era uma criancinha de 3 ou 4 anos.

Foi também o momento de ver, por acaso, algumas pessoas que trabalharam em São Paulo comigo e por diversos motivos, hoje também estão no Rio. Um deles foi o sujeito que até poucas semanas atrás era meu chefe e quem me deu uma força para me transferir pro Rio. Claro que fui lá falar com ele, mas por estar ocupado, não pôde conversar comigo por mais do que 30 segundos.

Dei muita sorte e já pude perceber que mesmo ninguém tendo me chamado para o almoço, trabalho com pessoas simpáticas e solícitas. Fui muito bem recebida e me senti a vontade, logo de cara.

Ao contrário do que vivenciei em São Paulo nos últimos 5 anos, trabalho numa sala com mais 6 pessoas, e estou adorando isso. Aqui ninguém reclama do meu teclado, sou só mais uma. E na realidade ainda nem sei se to achando isso bom ou ruim, é apenas uma constatação. O tempo há de me responder isso.

Descobri que a filha de uma das pessoas que trabalha comigo é minha xará, o que me faz ouvir meu lindo nome com mais freqüência. Soube também que um senhor, mais um dos conhecidos do meu pai há anos, fuma na sala, ao meu lado. Foi algo que me incomodou um pouco sim, mas para ser educada e não dar uma de anti-social no primeiro dia, fingi que não estava nem aí. Mas eu hei de me acostumar.

No meio da tarde já tinha computador, acesso a Internet, material de escritório e telefone com meu novo ramal O resto do dia transcorreu bem, sem absolutamente nenhum trabalho, o que até então mal incomodou, afinal não dá para exigir muito no primeiro dia, principalmente com a empresa passando por mudanças radicais e minha chefe indo viajar no dia seguinte.

Ao ir embora estava prestes a enfrentar um dos meus maiores medinhos. Pegar ônibus. No Rio, porque em São Paulo era rotina para mim, mas aqui quase nunca fiz isso e a insegurança tomou conta de mim. Por sorte, pessoas legais me deram indicações, dicas e como eu conheço bem a cidade, posso dizer que não foi nenhum tormento, muito pelo contrário. O ônibus que pego, vai super vazio, e como eu desço relativamente perto do ponto final, quase ninguém entra no dito cujo, só sai. O dado curioso fica por conta de algo que não sabia que existia, ar-condicionado em alguns dos veículos. Claro que por isso paga-se um preço, R$ 0,40 a mais na passagem. Como o valor normal é R$ 2,10, já aprendi a sempre sair com R$ 2,50 no bolso, e durante esses dias de clima ameno, torcer para pegar o mais barato. Mas como Murphy é amigo do peito, até hoje só peguei ônibus fesquinhos, algo realmente desnecessário durante o inverno. Mesmo que no carioca.

Felizmente soube onde descer, andei bem pouco para chegar em casa, e para relaxar depois de um dia tão cheio de novidades, só me restou mudar de roupa e ir ver o sol se pôr na praia e renovar as energias pro dia seguinte.

4 comentários:

  1. ah, humilha msm, vai de buson tranquilamente pra casa e depois ainda vai ver o sol se por na praia... ah, não, assim não vai dar pra acompanhar suas aventuras! qdo saio do trampo já está escuuuuro!! sorte aí, bjim!

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  2. Oi Rafa... tudo bem?
    Estou meio off da internet ultimamente com gripes e pcs lentos, mas hoje consegui dar uma recaptulada em seus textos. :D
    Muito bom saber que apesar da tristeza que vem pela saudade, sua ida foi boa, sua chegada tambem e que as coisas estao correndo bem.
    Nem falo nada sobre seu final de tarde, porque meu cotovelo ta doendo, sabe... hahaha!
    Brincadeira!
    Mais uma vez, boa sorte com seu novo mundo!!!
    beijinhos

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  3. Que delícia este início!
    A gente também olha o sol aqui. As nuvens cinzas logo ao lado! :-)
    Beijão queridona!

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  4. Rafa!!! Que bom! Eu espero que a coisa só melhore, e que principalmente, o cara da sala ao lado pare de fumas! hahaha Beijão!! Lu

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