quinta-feira, 15 de julho de 2010

Lembranças escolares

Mesmo já estando de volta ao Rio há 1 ano, essa ainda tem sido uma experiência interessante. É inevitável que muitas lembranças me venham à mente, principalmente por ter voltado a morar no mesmo bairro onde vivi até os 18 anos.


É curioso observar como algumas coisas não mudam, outras mudam pouco e algumas desaparecem deixando saudades . E eu sendo assumidamente nostálgica, inevitavelmente estou sempre lembrando de lugares e passagens inesquecíveis da minha vida.


Uma das mais fortes é o último colégio onde estudei no Rio, o Santa Rosa de Lima – fiquei lá dos 13 aos 17 anos. Era um colégio não muito grande - tinha uma média de 2 turmas por série - daqueles onde quase todo mundo se conhecia.


Foram incontáveis histórias vividas lá, claro que nem todas agradáveis, mas felizmente as lembranças boas são mais fortes e, na maioria das vezes, engraçadas.


Como por exemplo, esquecer do dia em que meu pai me deu carona até lá num Fusca bicolor e me matou de vergonha gritando “Minha filha, não vai fumar maconha no recreio!”?


Ou o dia em que o motorista da família por algum motivo teve que entrar no colégio com o carro que era quase uma banheira de tão grande e chamava muita atenção, e eu e minha irmã morremos de vergonha do pessoal olhando aquela cena.


Outra situação memorável eram as saídas das aulas, quando normalmente eu e minha duas amigas Renatas ficávamos conversando horas a fio na porta sem pressa de ir embora, afinal nenhuma de nós trabalhava ou tinha muitos compromissos no alto dos nossos 15 anos. A gente sempre, sempre ria muito.


Foi nesse colégio que aconteceu algo inédito na minha vida escolar, fui parar na sala da diretora. Um dia durante o intervalo fiquei no portão conversando com a minha irmã que (ainda) não estudava lá e estava do lado de fora do colégio, pois não haviam deixado-a entrar para me dar um recado. Me revoltei e tomei essa atitude que julgaram ser muito radical pros padrões do colégio (que era de freiras). Como eu sempre fui obediente e comportada, a ida à sala da Graça, só me rendeu uma advertência verbal, mas se tornou inesquecível.


Um dos motivos pelos quais eu adorei ir ao colégio durante um ano inteiro, foi o Fred, professor de Matemática. Ele tinha o bumbum mais lindo que aquelas adolescentes já haviam visto, mesmo que só por dentro da calça. A minha turma na época, tinha umas 10 meninas e um dia resolvemos juntar nossas carteiras todas na frente da sala só pra admirar o sujeito, o que rendeu muitas risadas, mas um preço caro. A partir desse dia, o Fred passou a só usar blusa pra fora da calça e, até onde se sabe, aquele bumbum perfeitinho, nunca mais foi visto.


Teve um belo dia em que eu, e duas amigas resolvemos matar aula, e ficamos na coxia do teatro do colégio conversando. Ninguém descobriu e saímos dali um pouco frustradas, pois no fundo queríamos causar certa polêmica e chamar atenção. O máximo que aconteceu, foi perdermos uma aula e ficarmos com uma falta.


Mudei para esse colégio, pois fui reprovada no anterior, de onde tive que sair. Para compensar, meu ano como repetente foi um sucesso. Logo no primeiro bimestre, tirei a melhor nota da minha vida, um inédito 9,8 em matemática! E o professor não era o Fred. Nunca esqueço a letra redondinha do “tio” Novaes - também redondinho - em caneta verde e a alegria de ver uma nota tão alta na matéria que foi meu carma durante toda minha vida.


Um fato curioso que me marcou, foi quando alguns anos antes de estudar lá, por causa do colégio onde eu estava, fui apresentar um espetáculo de DANÇA! Sim, eu me vesti de Mulher Maravilha – sem falsa modéstia, a mais bonita do meu grupo de quatro – e apresentei uma coreografia. Acho interessante observar como eu era desinibida. Hoje jamais faria isso, e fico me perguntando como tive coragem de me expor daquela maneira.


Um dos poucos episódios tristes que lembro ter vivido lá, foi quando no final do 1º colegial, num belo sábado de sol, fui pegar o resultado da 1ª recuperação, certa de que teria passado em todas, ou em pelo menos 3 das quatro em que havia ficado. Eis que caiu uma bomba em minhas mãos, eu acabei sendo reprovada, pois só poderia ter ficado em uma, e acabei ficando em duas. Foi um baque e com certeza um dos dias mais tristes da minha vida. Ouvi uma frase da minha mãe que nunca mais esqueci: “Porque você não aproveita e se matricula pra sempre no 1º colegial?”. Felizmente não foi necessário e o trauma foi superado, mas não deixa de ser uma lembrança ruim que tenho de um colégio que me trouxe tantas alegrias.


Outra recordação não tão legal, mas que não chega a ser triste, é das sempre traumáticas aulas de educação física. Talvez tenha tido algumas professoras ao longo dos 5 anos em que estudei lá, mas só lembro de uma, a Ester. Eram duas aulas por semana, sendo que numa delas praticávamos algum esporte (normalmente vôlei) e em outra, dança. Como já era mais velha do que quando fiz aquela apresentação, acho que passei a ter vergonha e era um verdadeiro martírio aprender uma coreografia que eu nunca apresentei. Aliás, não lembro se um dia alguém fez uma apresentação oficial.


Lembro também de um acontecimento que foi um dos mais divertidos daquela época. O colégio inteiro participou de uma gincana, daquelas em que se precisava fazer de tudo um pouco. Arrumar fotos antigas, fazer apresentações bizarras, entre outras coisas engraçadas. Não esqueço de uma das meninas mais nerds – ou “prega” como falávamos naquela época - cantando uma música então onipresente, Lost in Your Eyes da Debbie Gibson. Até hoje quando ouço a dita cuja lembro desse episódio. Foi um sábado tão divertido que acho que naquela dia quase ninguém se incomodou por ter acordado cedo.


E como as aventuras não aconteciam só dentro do colégio, durante um passeio noturno por Copacabana, vivi algo inusitado. Era um grupo grande e estávamos andando no calçadão, quando nos deparamos com a gravação de uma novela da época, Barriga de aluguel. Resolvemos parar pra assistir, quando alguém da produção foi até os curiosos transeuntes e selecionou duas pessoas para fazerem figuração numa cena, que se passava na frente de uma boate.


Eu fui a escolhida, além de um dos meninos do meu grupo, mas que eu nem conhecia. Encostaram a gente num carro, pediram pra ficarmos conversando sem olhar pro lado. Mas isso foi quase impossível, pois estavam a poucos metros de mim, dois daqueles que na minha opinião eram os mais bonitos atores nacionais da época, Paulo Cesar Grande e Jairo Mattos. Me esforçava para tentar não olhar, e acho que consegui ser discreta, pois ninguém foi reclamar comigo. O mais difícil foi não ficar rindo da situação e tentar conversar com um estranho tendo ao meu lado dois galãs que eu não queria parar de olhar.


Claro que na 2ª feira seguinte, esse foi o assunto mais comentado no colégio. Mas infelizmente nunca vi essa cena, nem quando reprisaram a novela, muitos anos depois. Também fucei na Internet, mas foi em vão.


Infelizmente nunca fui um exemplo de boa aluna. Com exceção do 9,8 em matemática e umas eventuais notas 7 e 8 em Trigonometria – matéria que eu estranhamente adorava- acho que só tirei um 10 na minha vida. E mesmo assim foi num trabalho em grupo numa apresentação de literatura.


Não lembro o assunto, ou o motivo, mas resolvemos fazer uma espécie de teatro de fantoches com bonecos em papel machê criados por nós. O critério para se chegar à pontuação final consistia em se eliminar a menor e a maior nota dada pelos outros grupos e pelo professor, apelidado de Bambi pela molecada, por motivos óbvios. Não esqueço do comentário do dito cujo: “Como o grupo só teve nota 10, é óbvio que a média final é 10”. Fomos ovacionados em pleno teatro semi lotado. O curioso é que por algum motivo que também não lembro, o líder do nosso grupo era conhecido como “Humilhação”. Acho que nesse dia ele que se vingou, humilhando os outros grupos com um trabalho tão perfeito. Pena que não existem fotos disso.


As memórias são muitas. Tinha a Irmã Azeitona, o professor de Física tarado, o professor de química malucão Nabuco, o Wanderelei que conseguiu me fazer ter certa simpatia por biologia, a cantina bagunçada na hora do recreio, a santa que diziam que volta e meia aparecia pros alunos, uma infinidade de festinhas e reuniões, as paqueras platônicas, enfim, uma série de motivos que fizeram esses 5 anos se tornarem inesquecíveis.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Um ano depois... o desabafo

Hoje faz um ano que voltei a morar no Rio, e durante esse tempo, muitas coisas aconteceram na minha vida e, principalmente na minha cabeça. Depois de 18 anos morando em São Paulo, e mesmo tendo voltado para cá com a mente e o coração abertos, hoje vejo que esse não tem sido um processo fácil.

O início foi muito bom, estava empolgada com a mudança, com a vida nova, pessoas e lugares estavam sendo redescobertos, a procura por apartamento era cansativa mas prazerosa, o novo ambiente de trabalho com colegas novos também me animava e a rotina ainda não me incomodava.

Alguns meses atrás, porém, tudo mudou. Várias coisas aconteceram ao mesmo tempo na minha vida, e comecei a me dar conta de que aquela fase legal, de novidades acabara. A rotina finalmente havia se instaurado, e eu passei a ter um dia-a-dia mais “normal”.

Minha ficha caiu. Comecei a me sentir sozinha, carente. Mudanças aconteceram no trabalho (relativamente pouco tempo depois de ter vindo para cá), nas minhas relações com pessoas daqui e também com algumas com quem mais costumava conversar e estar junto em São Paulo.

Pessoas fundamentais como meus pais e minha irmã, agora estavam longe, e apesar de me darem todo apoio e me ouvirem sempre, não é como se estivessem aqui do lado. A conversa, o desabafo cara a cara, o ombro e o abraço não estavam mais tão perto pra fazer com que eu me sentisse menos sozinha.

Meu círculo de amizades hoje em dia é super restrito. Conheço pouca gente da minha idade ou que tenha gostos parecidos com o meu. Além disso, o estilo de vida aqui é outro. Por exemplo, não curto praia, o que é algo que restringe um pouco minhas opções pra me divertir, e consequentemente me impede de conhecer mais gente. Os programas que fazia em São Paulo, são um pouco diferentes dos que aqueles que faço aqui. As músicas que eu ouço, aqui ninguém mais ouve. Shows? Praticamente não sei mais o que são, não tenho companhia e, com raras exceções, não me aventuro a ir sozinha. Assim como nem sempre consigo companhia pra ver filmes menos comerciais/hollywoodianos. Praticamente não tenho com quem eventualmente tomar um chopp no final do expediente. Não é todo mundo que gosta dos mesmos livros que eu. E por aí vai...

Com isso ainda não aprendi a conviver e é algo que me incomoda um pouco. Não posso dizer que tinha inúmeros AMIGOS em São Paulo, mas conhecia bastante gente, e inevitavelmente minha vida era um pouco mais agitada.

Felizmente, todo o resto dos meus familiares está aqui. Sou eternamente grata a vários, cada um por seus motivos. Sempre me ajudaram, me apoiaram em tudo, aturaram minhas crises, enfim, estiveram (e ainda estão) ao meu lado em tempo integral. Mas mesmo assim, ainda sinto que falta alguma coisa.

Algo que agravou toda essa situação, foi uma ida recente a São Paulo. Estive com meus pais, minha irmã e alguns poucos amigos. Pela primeira vez durante esse último ano, voltei de lá extremamente balançada.

Estive em lugares onde talvez não devesse ter estado, pois fizeram me lembrar de um tempo que não volta, algo que apesar de bastante óbvio, me causou uma sensação estranha, uma espécie de frustração. Revivi algumas situações, até simples, mas das quais sempre sentirei falta. E o mais relevante de tudo, vi pessoas que não via há algum tempo e que mexeram muito comigo. Assim como não ter tido a possibilidade de ver algumas pessoas queridas, foi algo que também me entristeceu.

Sofri e chorei muito na volta ao Rio. Fiquei lembrando da vida que tinha antes, das pessoas com as quais convivia freqüentemente e das quais hoje sinto falta, e principalmente de como (acho) que era mais feliz, apesar dos pesares. Por alguns dias, a ideia de voltar a morar em São Paulo, foi cogitada. Mas nada como algumas horas de terapia e conversas com algumas pessoas importantes. Me fizeram finalmente enxergar que eu preciso ser paciente, afinal não posso querer construir em 1 ano, a vida que levei 18 para construir em São Paulo. Sei que fui precipitada, mas foi o que senti durante alguns dias.

Sem falar que se voltasse, eu teria alguma garantia de que teria aquela mesma vida de volta? Acho que não. Eu mudei, as pessoas mudaram.

Só sei que voltei de lá decidida a rever minhas amizades. Resolvi definitivamente abrir mão de falar com algumas pessoas que durante esse último ano, não me procuraram uma vez sequer para saber como estava minha vida, se estava feliz, mesmo eu eventualmente procurando-as nas minhas idas a São Paulo. Em compensação, outras me surpreenderam, o que me deixou feliz. Vale dizer, que aqui no Rio, aconteceu praticamente o mesmo processo, ou seja, tive minhas decepções, mas não cheguei a riscar tanta gente da minha vida.

No final das contas, toda essa fase de reflexão foi válida para ver quem de fato ainda merece meu carinho e minha consideração. Assim como também pude me dar conta de que pessoas que julgava fundamentais na minha vida, não são.

Quando saí do Rio, há 19 anos, a vida que deixei pra trás, era bem diferente da que encontrei ano passado. Eu não tinha a ilusão de que depois de tanto tempo, fosse encontrar tudo igual. Mas algumas mudanças foram tão radicais, que talvez eu tenha levado algum tempo para me adaptar a elas. Mas uma ilusão eu tinha sim, a de que por ser um lugar conhecido, com pessoas conhecidas, seria fácil. De fato seria bem mais complicado se mudasse para uma cidade estranha, onde não conheço ninguém, mas no fundo acho que fiquei assustada ao me deparar com a nova realidade, com o fato de que nada foi tão tranquilo quanto eu esperei que fosse.

Eis que esse foi um ano de muitas surpresas, crescimento e decepções. As saudades e as lembranças estão pesando cada vez mais, mas ainda assim eu acho que é só uma nova vida que está começando. Portanto sei que inda tenho um longo caminho pela frente, seja aqui, em São Paulo ou em qualquer outro canto do mundo. Não gosto de chavões, mas aqui um se faz necessário: “É preciso dar tempo ao tempo”. Tenho me apoiado nisso ultimamente para tentar deixar a minha vida mais light, e acho que os resultados estão começando a aparecer.

Obrigada a quem esteve e ainda está comigo durante todo esse tempo, aturando minhas crises, choros, lamentações e me dando apoio e carinho! E lendo os meus desabafos !

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Pessoas especiais

Para não deixar o blog morrer, resolvi publicar esse texto escrito no longínquo ano de 2005. Assim que possível volto com textos novos.

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Eu como deficiente física me sinto na obrigação de falar um pouco sobre o assunto, algo que não costumo fazer. Para quem não me conhece ou nunca me viu, eu tenho um problema nos membros inferiores e ando mancando, mas não preciso de aparelhos para me locomover, o que realmente facilita a minha vida. Felizmente levo uma vida normal, o que não significa que não tenha minhas limitações.


Como a minha deficiência nem sempre é notada, o que só acontece quando eu ando, passo por muitas situações curiosas, engraçadas e constrangedoras (para os outros, não para mim) quando, por exemplo, me vêem na parte do ônibus reservada para deficientes ou numa fila reservada para os “especiais”.


Mas como sou uma pessoa que lida bem com isso, acabo vivenciando mais momentos engraçados do que tristes ou incômodos. Algo muito comum é evangélicos ou senhoras carolas tentarem me levar para a igreja achando que vou ser curada. De algumas pessoas eu chego a ter pena, pois foram manipuladas e sofreram alguma lavagem cerebral, mas outras são ignorantes mesmo e acham que posso ser curada indo a alguma igreja ou me convertendo para determinada religião. Levo numa boa e rio da situação.


Outra das minhas armas é a ironia. Comigo mesma. Tento fazer piada com os meus problemas na tentativa de deixar as pessoas mais à vontade ao saberem que não sou uma pobre coitada. O que, aliás, é algo que deficientes detestam, que sintam pena dele. Não precisamos disso, queremos ser vistos como pessoas fisicamente normais e ser respeitadas, nada mais. Mas observo que muitas vezes minhas piadas deixam as pessoas sem graça e venho tentando encontrar um ponto de equilíbrio. Pelo menos os que já me conhecem acham divertido e acabam rindo comigo.


Mas se uma parte de mim é divertida, bem humorada, irônica e faz piada dos próprios problemas, a outra sofre com os absurdos que vê. É comum eu entrar no ônibus ou metrô e ver pessoas fingirem que estão dormindo para não me cederem o lugar. A menos que vá percorrer uma grande distância, deixo passar, mas já tirei muito malandro do banco para eu sentar. Já arrumei briga, já fiz mini escândalo, mas sou sensata o suficiente a ponto de não tirar um idoso ou alguém mais deficiente que eu do lugar.


A mentalidade do brasileiro precisa mudar, há muito a ser aprendido sobre cidadania, bons modos e gentileza. Nós não pedimos para ser tratados como problemáticos, coitadinhos, mas sim como pessoas que tem necessidades especiais e alguns direitos a mais.


Às vezes até penso que sou pouco atuante, pois não participo de nenhuma entidade em defesa de deficientes e me condeno pois acho que se eu, que faço parte dessa minoria não entro nessa briga, os outros não têm que tentar, mas creio que é através de pequenas ações, como escrever esse texto, que posso estar mudando uma mentalidade aqui, outra ali.


Acho que de um tempo para cá muita coisa melhorou. Há mais espaço em transportes públicos destinados aos deficientes, mais acessos próprios para eles, mas ainda está muito aquém do ideal, principalmente a questão do respeito. Esses dias entrei numa comunidade de deficientes físicos no Orkut, onde pessoas comentavam sobre os absurdos que viam ou ouviam e me assustei ao ver que em 2005 ainda há pessoas que nos vêem como doentes.


Tenho muito orgulho de mim, de tudo que conquistei - amigos, emprego, cultura - e principalmente de poder ser vista como uma pessoa “normal”. Não sou revoltada, sei conviver muito bem com minha diferença. Mas infelizmente já tive contato com muitos que não pensam assim, principalmente os que adquiriram a deficiência em alguma fase da vida, o que não é meu caso. Quando a pessoa nasce com a deficiência é bem mais fácil aceitar sua condição, de modo que dentro do possível tento ajudar algumas pessoas, dentro desse grupo ou não, a verem que é possível ser feliz, pelo menos grande parte do tempo. Não quero dar uma de Pollyana, só mostrar que a vida, mesmo pra quem tem problemas não só pode, como é legal.


Acho que é um assunto complexo, interessante e com muito a ser discutido. Voltarei aqui numa outra oportunidade para levantar outras questões que dessa vez deixei de fora, e espero que o texto de hoje tenha feito alguém pensar e quem sabe fazer alguma pequena ação.

domingo, 14 de março de 2010

Constatações femininas (válidas também para homens)

Você, mulher solteira (ou não!) que está em busca de um amor, de um caso, ou de qualquer tipo de relacionamento com um ser do sexo masculino, preste atenção ao que vou contar agora.

Não sou conselheira sentimental, pretensiosa e nem dona da verdade. Apenas percebi que com o passar do tempo e o avançar da idade, comecei a dar valor a certas coisas aparentemente simples, corriqueiras, mas que considero fundamentais para um bom relacionamento.

Claro que tudo isso não garante nada, são as MINHAS percepções e opiniões, mas acredito realmente que pode ser um bom começo.

Certamente o eleito vai apresentar defeitos, mas basta que sejam aceitáveis e você consiga conviver com eles. Cabe a você colocar na balança e avaliar. Se ele tiver pelo menos algumas dessas qualidades, talvez valha a pena investir.

Portanto, modestamente, hoje venho aqui compartilhar algumas dessas constatações.

E se você for homem, vale ler também, para saber algumas das características que (eu acho que) as mulheres prezam.

Ele...

... te respeita e tem consideração por você


... tem a voz sexy e uma risada contagiante

... quando está de mau humor disfarça e não desconta em você

... lembra freqüentemente de te emprestar livros, cd´s e dvd´s que ele tem e estão naquela sua lista de "para fazer/ler/comprar/ouvir", e ainda os deixa com você por meses a fio

... é encantadoramente atrapalhado

... te instiga, mantendo certo mistério a respeito de alguns assuntos, fazendo você ter vontade de desvendá-lo

... não é invasivo

... cuida bem de você

... te deixa à vontade

... não exige satisfações, tampouco explicações

... tem estilo

... não briga nunca com você

... não te faz chorar

... te trata com educação e carinho

... sempre presta atenção ao que você fala

... te mostra como é possível ser zen mesmo com a vida conturbada que levamos hoje em dia

... não é grude

... é cheiroso e gostoso

... tem uma timidez atraente, sem parecer um babaca tonto

... sabe se como se portar em qualquer ambiente

... tem aquela pegada ...

... é um gentleman e eventualmente te paga o jantar e o cinema

... ri das suas besteiras

... te faz rir com freqüência


... bebe sem exagero

... sempre topa fazer o programa que você sugere, sem deixar de também fazer o que ele tem vontade

... não faz nenhum tipo de cobrança

... curte os mesmos sons que você e como se não bastasse te apresenta a novidades interessantes

... é uma pessoa elogiada e querida por amigos em comum

E last, but not least...

... sabe fazer bem feito tudo aquilo que se espera de um parceiro.

domingo, 7 de março de 2010

Que bom seria...

... se nenhum casal brigasse na frente dos filhos.
... se não sentíssemos dores.
... se só ouvíssemos músicas boas quando ligássemos o rádio.
... se não tivéssemos tantas taxas e impostos para pagar.
...se nos apaixonássemos sempre pela pessoa certa e não chorássemos tanto.
... se não chovesse quando estivéssemos arrumados indo para uma reunião importante logo no dia em que esquecemos o guarda-chuva.
... se comer não engordasse.
... se viajar pro exterior não fosse tão caro.
... se nossos avôs e avós não morressem tão cedo.
... se o computador travasse menos.
... se nunca fôssemos ridicularizados ou julgados por gostar de alguém.
... se a temperatura estivesse sempre agradável, nunca frio demais ou quente demais.
... se não pegássemos trânsito com tanta frequência.
...se não fôssemos tão julgados pela aparência.
... se irmãos jamais se tornassem inimigos.
... se todo dia algo muito legal nos acontecesse.
...se não precisássemos repetir a mesma coisa três vezes seguidas para a mesma pessoa, sempre.
...se os remédios fossem de graça ou pelo menos mais baratos.
...se as pessoas não fossem tão intransigentes umas com as outras.
...se não houvesse mortes causadas por acidentes com veículos dirigidos por bêbados.
...se nossos animaizinhos de estimação não morressem nunca.
...se a ingestão de muito álcool não desse ressaca.
...se ninguém tivesse mau hálito, chulé e cecê.
... se todos tivessem uma família como a minha.
... se a gente nunca acordasse num "dia de cabelo ruim" e nem com olheiras.
... se não houvesse nenhum tipo de preconceito entre seres humanos.
...se algumas pessoas pensassem antes de dizer ou fazer certas coisas.
... se os adolescentes internautas soubessem escrever direito.
... se ninguém fosse solitário.
...se o chuveiro não pifasse bem na hora de tirar o sabonete e o shampoo.
... se não tivéssemos receio de sair à noite pelas ruas de grandes cidades.
... se pessoas mais pobres tivessem acesso à cultura.
... se nunca acordássemos mau humorados ou já cansados.
... se saíssemos sempre bonitos nas fotos.
... se todos tivessem contato com crianças para aprenderem a sorrir como elas.
... se nunca perdêssemos, inexplicavel e incompreensivelmente, o contato com pessoas queridas.
... se as unhas femininas cultivadas a muito custo não quebrassem com tanta frequência.
... se todo jovem tivesse a chance de passar algumas noites sem dormir para fazer festa com os amigos.
... se nunca esquecêssemos de dar recados importantes.
... se as crianças já nascessem gostando de verduras, legumes e frutas.
... se cartões de crédito nunca dessem problema na hora de pagar aquela conta astronômica.
... se nunca nos estressássemos por causa de péssimos cortes de cabelo.
... se não chegássemos tarde no cinema tendo que sentar na primeira fila.
... se fôssemos sempre felizes, ao lado de pessoas queridas, vivendo experiências inesquecíveis e fazendo sorrir aqueles que convivem com a gente.