quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Novas sagas cariocas

A vida aos poucos vai se acertando por aqui. Meu apartamento está cada vez mais bonitinho, com os móveis que eu escolhi e os detalhes que o deixam com a minha cara, exatamente como eu sempre quis que fosse.

Hoje vejo que foi muito bom ter deixado grande parte dos meus móveis em São Paulo, pois acho importante recomeçar uma vida com tudo novo, algo que inclusive deveria ter feito quando fui morar sozinha na terra da garoa, mas não tive chance.

Acho que é por isso que estou me sentindo bem, realizada. As opiniões das pessoas são unânimes em relação a mim, todos perceberam que essa mudança que fiz foi para melhor. E acertaram. De modo que eu só posso ficar feliz com isso.

E, mesmo apesar de estar vivendo um lugar já conhecido, mas no qual não vivia há 18 anos, é curioso observar que algumas coisas mudam, outras não. Novidades surgem, algumas situações me impressionam, algumas mudança são constatadas e outros fatos, apenas confirmados. Falo isso baseada em experiências pessoais recentes.

Uma delas, refere-se ao sistema de entregas de mercadorias por aqui. Andei fazendo compras de móveis, eletrodomésticos e pude passar (e ainda estou passando) pela difícil experiência do precário sistema de entregas carioca.

O primeiro acontecimento foi quando numa mesma loja comprei um sofá, um móvel e uma cadeira. Loja esta, que tem uma grande cadeia por aqui, e é voltada para uma clientela de menor poder aquisitivo (o que explica ter comprado tanta coisa num mesmo lugar).

Consegui agendar a entrega para o dia em que a minha diarista estaria em casa, o que me ajudou muito. Mas a montagem dos móveis seria feita no dia seguinte, e me vi pela primeira vez no Rio envolvida com um pequeno problema para o qual precisaria de uma solução. E colaboraram. Pedi que a entrega fosse feita o mais tarde possível e que me ligassem por volta de meia hora antes. Dito e feito. No final da tarde o sujeito me liga e fui para casa a tempo de recebê-lo. E o que é melhor, sem precisar sair mais cedo e ficar me justificando.

O segundo caso de entrega, assim como o terceiro, ainda não terminou, mas
ambos já estão engatilhados.

Comprei um móvel semana passada, dessa vez numa loja bem grande e conhecida em boa parte do Brasil, e a entrega foi pré-agendada para a 2ª feira passada. Na 6ª me ligaram dizendo que precisaria ser adiada para 3ª , mas como eu talvez não pudesse receber a mercadoria nesse dia, disse que ligaria de volta confirmando a informação. Fiz isso na 2ª, mas como já estava em cima da hora, disseram que entregariam na 5ª. Perguntei sobre a disponibilidade de horário e disseram que o máximo que poderia se fazer, seria agendarem para o período da manhã ou da tarde. Como, pra variar, tenho impedimentos por causa do meu horário de trabalho e não posso perder horas do meu dia esperando tal entrega, muito rapidamente sugeriram o sábado, e eu optei pelo período da manhã para ficar logo livre do compromisso. Nada mal.

O último caso, e mais absurdo deles, envolve uma loja on-line famosíssima, que vende de absolutamente tudo, e que por conta de uma mega promoção realizada ontem, acabei comprando (finalmente) minha máquina de lavar.

Fiquei sabendo que a entrega seria feita até o dia 25, mas resolvi confirmar qual seria a data certa, para me programar. À tarde entrei no atendimento online e quando saí da frente do computador por menos de 30 segundos, ao voltar a conexão havia caído. Xinguei a oitava geração da fulana que me atendeu.

À noite, nova e sofrida tentativa. A atendente, não fez o mínimo esforço para me ajudar e de uma maneira muito sutil e educada, disse que o problema é meu e que não havia nada a ser feito. Lógico que não foi simples assim, e o processo todo durou quase meia hora. E teria durado mais, se ao perguntar se poderia ajudar em mais alguma coisa, eu não tivesse dito “Sim, você tem que me ajudar de alguma forma, porque até agora não consegui resolver meu problema, e é para isso que você está aí”. Acho que ela se revoltou e mais uma vez, a conexão caiu. Com a diferença de que desta vez, curiosamente recebi um e-mail de desculpas da empresa pelo ocorrido.

Fui dormir sem uma solução, e hoje pela manhã com a cabeça fria, resolvi a questão. Falei com o porteiro pra ver se poderiam receber e me ajudarem a levar para casa, e diante da possibilidade, vou simplesmente esperar que façam a entrega. Mas só para incomodar mais um pouco, ainda acho que vou ligar para que me informem uma data de entrega.

Eu entendo que a cidade tenha trânsito e seja complicado marcar hora certa, mas uma previsão mais concreta, é fundamental e com certeza facilitaria a vida dos clientes e os SAC’s da vida teriam muito menos aporrinhação. Duvido que com alguma organização e logística, não seja possível resolver essa questão.

Conversando sobre o assunto com a minha irmã, ela me disse algo que eu não sabia. Está sendo aprovada uma lei pela qual as entregas devem estipular um período para que nós, clientes não fiquemos à mercê das empresas, o que certamente nos traz prejuízo de alguma ordem. Tomara que isso dê certo, e em todo Brasil, não só em um estado (realmente não sei se é uma lei federal ou estadual).

O mais curioso é que a empresa pequena e mais simples, foi a que me atendeu melhor, enquanto a conhecida apresentou um péssimo atendimento, demonstrou muita má vontade e talvez tenha perdido um cliente potencial.

Agora é torcer pra dar tudo certo, as entregas serem feitas conforme o combinado e em breve eu estar com o meu cantinho arrumado.

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Personalidades da semana: Vai ser difícil alguém superar o Alexandre Borges. Mas como eu sempre vejo alguém, não posso deixar de colocar aqui, mesmo tendo que pedir help pro Google, e descobrir que quem eu vi um dia foi uma atriz (por sinal, muito bonita) chamada Francisca Queiroz.
Outro mais famoso e que não obrigou a fazer consultas, foi o Toni Garrido.
E vi ainda uma repórter da Globo que apresenta jornais locais e cujo nome não faço idéia, mas sei que ela tem voz e dicção esquisitíssimas.

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E conforme prometido, vou contar o que descobri a respeito do caso do fósforo molhado. Claro que não tem nenhum mistério e é tudo bem mais simples do que certamente todos imaginaram.
A caixa molhou porque eu sempre colocava o escorredor de louças próximo ao espaço onde costumo deixá-la. Como não estava super perto, não pensei nisso de cara, mas quando um dia cheguei em casa e vi um caminho de água, descobri de onde vinha e confesso que fiquei decepcionada, por dois motivos, não ter me dado conta antes de algo tão óbvio e por não ter um mistério de verdade pra resolver.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Eu e o apartamento

Pouco menos de quinze dias após ter me mudado, posso dizer que felizmente eu e meu apartamento estamos conseguindo desenvolver uma boa relação, claro que com alguns pequenos percalços.

Desde que me mudei, há quase 15 dias, pude observar algumas coisas curiosas, misteriosas ou até mesmo prosaicas que acontecem por lá.

No meu primeiro dia, eu voltei do trabalho, jantei, lavei a louça e fui arrumar a casa. Na manhã seguinte, quando fui pegar a caixa de fósforo ao lado do fogão, percebi que a mesma tinha sido molhada, estragando os palitos e a lateral. É aí que mora o mistério. Claro que não estava pingando nada do teto, isso seria bastante óbvio. De onde veio a água que molhou a caixa? Passei dias pensando no assunto, pedido opiniões e estava quase chamando um paranormal para descobrir o que estava acontecendo, quando tive um insight e descobri o que aconteceu. Mas vou deixar vocês também pensarem um pouco e contar sobre minha descoberta só na semana que vem.

Outro mistério envolvendo água, encontra-se no banheiro. Um dia tirei uma roupa e coloquei-a numa prateleira aberta, junto à pia. No dia seguinte a roupa estava úmida. Pra esse mistério ainda não tenho a resposta. Sei que sem se ver o ambiente fica difícil dar uma opinião mais concreta, mas se tiverem palpites, aceito.

Na primeira noite já tive um pequenino problema que acabou se mostrando um dilema a ser resolvido. Quando fui dormir, deixei a porta do quarto entreaberta para que meus gatos não ficassem do lado de fora. Eis que a circulação de vento fez a porta abrir, o que me proporcionou uma visão que me incomoda. Dependendo de onde estou deitada, eu vejo a porta da sala para a rua, o que me não me deixa ter um sono tranquilo.

Achei que havia encontrado uma solução. Coloquei um peso de porta do lado de dentro do quarto, apoiando-a para que não abrisse totalmente e deixei um espaço pros gatos circularem. Mas com o tal ventinho, a porta acabou batendo (percebe-se nesse momento que ela é indecisa, pois fica de um lado pro outro e sempre acaba batendo). Não me movi e deixei-a fechada, até que por volta das 3 da manhã, minha gata resolve ficar infindáveis e insuportáveis minutos arranhando a porta, e eu levanto para abri-la. Fechei a janela e liguei o ar-condicionado, deixando o quarto sem corrente de ar. Essa noite o problema foi resolvido.

E ainda tem um agravante sobre o qual eu não falei. Se eu abro a janela, com o vento a persiana, de um material duro e grosso, fica batendo na base da janela e fazendo barulho a noite toda. Insuportável. Ate encontrar uma solução, tenho dormido com o ar ligado nas noites quentes ou com a janela semi fechada quando está fresquinho. Mas essa decididamente não é a solução mais sensata, visto que fresquinho aqui é algo quase inexistente. Em compensação o calor também não está tão forte a ponto de justificar o uso de ar-condicionado. Preciso encontrar uma solução o mais rápido possível.

Em compensação, outros aspectos da vida solitária, muito me agradam. Consegui colocar telefone, TV a cabo e minha amada internet em casa, podendo usufruir desses benefícios como melhor me convier, sem ter que pedir permissão para nada, baixar minhas músicas, fuçar meus documentos arquivados e poder atualizar meu blog quando eu bem entender (a Internet do trabalho só me permite fazer isso pela manhã, inexplicavelmente).

Além disso, já estou com DVD instalado, o que me permitiu depois de um bom tempo de abstinência, ver um filme em casa, do qual, aliás, me tornei fã: “Dois dias em Paris”. A sinopse fala em romance, mas eu vi muito mais do que isso, e acho que morri de amores pelo dito cujo, não por ser em Paris, mas por tratar de relacionamentos e aquele temor que acompanha muitos deles, a famosa discussão, da qual eu confesso gostar.

Achei que fosse sentir falta de ler o jornal impresso todo dia ao chegar em casa como vinha fazendo. E senti mesmo, tanto que dois dias depois da minha definitiva mudança, fiz uma assinatura. Adoro poder chegar no final da tarde, abrir o jornal e ficar horas lendo o dito cujo, cortar o que me interessa e fazer anotações onde eu bem entender.

Uma “aquisição” interessante foi a contratação de uma diarista. Pagando pouco mais do que pagava em São Paulo, consegui uma pessoa (de confiança, quero crer) para limpar minha casa, varrê-la, lavar minhas roupas e principalmente fazer o que eu mais detesto, passar roupa. Santa Edith!

Outro prazer no qual ando pensando, é o de cozinhar. Não vejo a hora de começar a executar umas receitas que tenho guardadas e poder convidar umas pessoas para degustá-las (afinal, é o que se faz com comida boa !), e conhecerem meu cantinho.

Um aspecto que também me deixou muito feliz, é o silêncio que faz por lá. Não ouço nada que me incomode, seja de dia ou à noite. Adorei ficar livre, entre outras coisas, da mínima distância que separa a casa da minha tia de um bar no qual se tocava samba em altíssimo volume até meia noite! Priceless!

E não poderia deixar de comentar um dos aspectos mais legais dessa mudança, o fato de estar morando a menos de 10 minutos do trabalho, poder ir almoçar em casa, paparicar meus gatos, economizar dinheiro e ainda tirar um cochilo.

Semana passada consegui finalmente comprar alguns dos móveis essenciais para a minha sala ! Vão chegar dentro de alguns dias, o que está me deixando numa ansiedade sem tamanho. Estou tão empolgada que já comecei a procurar por outros itens que faltam e que ainda não tive como providenciar. Ao contrário do que fiz em São Paulo, quero ver logo esse apartamento arrumadinho, com a minha cara.

Enquanto isso, estou organizando a bagunça da qual ainda não consegui me desfazer, mas já pensando no futuro próximo, ou seja, o que porei em cada lugar, o que usarei ou não para decorar a casa, quais quadros vou querer usar e em que paredes. Uma coisa é certa, vou me desfazer de muita coisa, e outras vou guardar para eventualmente mudar a cara do ambiente, fazendo eventuais trocas de peças.


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Personalidade da semana:

Foi só comentar que eu sairia do bairro do Maneco e não veria mais ninguém, que numa passada por lá no último domingo, me colocou frente a frente com aquele que julgo ser um dos mais belos espécimes do sexo masculino atualmente e que sempre torci para ver por aqui durante as minhas andanças: Alexandre Borges. Preciso dizer mais alguma coisa? Sim, preciso. Dizer que por alguns segundos me senti como uma adolescente pateta na frente de um ídolo, e que só me faltou a coragem pra tietá-lo. Esse merece. Que homem bonito, charmoso, discreto! E que sorriso! Fui para casa mais bem humorada do que eu já estava.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Semana de fortes emoções

Os últimos dias foram, com certeza, os mais aguardados dos últimos dois meses.

Conforme eu havia dito no post anterior, fui a São Paulo buscar minha mudança no final de semana anterior. Voltei no domingo, exausta e na 2ª feira fui receber a mudança no novo apartamento.

Passei o dia inteiro com a minha tia fada madrinha tirando tudo das caixas, tentando arrumar nos armários, limpando o pó que insistia em me fazer espirrar, e por volta das 8 da noite resolvemos encerrar o expediente, pois nossos corpos e mentes não davam mais conta de pensar e trabalhar.

Apesar da imensa vontade de me mudar definitivamente e dormir na minha saudosa cama, achei mais prudente passar essa última noite na casa da minha tia e descansar um pouco antes de começar a enfrentar o próximo round.

Na 3ª feira o dia demorou muito a passar e ao sair do trabalho, fui fazer compras para abastecer a casa vazia. Aliás, o supermercado merece observações. Eu, que estava acostumada com um daqueles de bairro, pequenos, onde todos os caixas já me conheciam e já sabiam de cor meu endereço para entregas; me vi diante de um hiper extra supermercado, onde perdi mais de uma hora, quando não teria levado mais de uns 20 minutos se fosse no “meu” antigo. Sem falar que me frustrei ao não encontrar algumas marcas com as quais já havia me acostumado, e me dar conta de que esse é mais um ponto com o qual lidar daqui pra frente, me adaptar a essas pequeninas mudanças.

Foi um prazer inenarrável fazer essas compras, arrumar tudo na geladeira e nos armários e depois poder preparar o meu jantar. Não tenho do que me queixar em relação às refeições na casa da minha tia, mas é inegável que estar na minha casa preparando a minha comida, é algo pelo que estava ansiando há algum tempo.

A noite (e o resto da semana) foi de muito trabalho, que, aliás, parece não acabar nunca. É um processo gostoso, mas cansativo, estudar os armários e tudo que tenho, para saber como e o que guardar em cada lugar. Uma semana depois, ainda tenho muita coisa de fora e pelo que vejo ainda vai demorar um pouco até conseguir guardar tudo.

Finalmente a semana foi chegando ao fim, minhas passagens estavam compradas para mais uma ida a SP, mas ainda tinha algo importantíssimo a ser resolvido. Queria e precisava trazer meus felinos.

Na 5ª feira passei horas dando telefonemas e mobilizando pessoas a fim de conseguir definir esta questão, por sinal, bastante cara e burocrática. Para minha felicidade, no final da tarde estava com absolutamente tudo acertado para trazê-los comigo.

Tanto a saída do Rio, quanto a chegada em São Paulo não foram das mais tranqüilas, devido ao intenso movimento nas rodoviárias por causa do feriado, mas chegar em casa e ver meus pais, valeu todo sacrifício. Mais tarde foi a vez da minha irmã chegar, e então a felicidade se tornou praticamente completa. Só faltava meu cunhado, e como só o veria dois dias depois, tratei de aproveitar minha irmã, momentaneamente solteira.

Foi o melhor feriado dos últimos tempos. Fui paparicada pela família, vi amigas das quais estava com saudades, recebi elogios, conheci um restaurante novo, dei muita risada, dormi pouco, comi menos do que imaginei, gastei mais do que gostaria e, o melhor de tudo, pude perceber que apesar de sentir muita falta da família, estou feliz e em paz comigo mesma. Sentir saudade é bom, principalmente quando sei que ao chegar em casa, vou encontrar pessoas amadas de braços e corações abertos para mim.

A viagem de volta foi um pouco triste. Chorei bastante, numa mistura de coração apertado e alegria. Mas cheguei bem, assim como meus gatos, que se readaptaram a mais uma mudança na vida deles. Hoje, dois dias depois, estão vivendo como se já conhecessem minha nova casa há tempos.

Os desafios não terminaram. Na verdade, não terminam nunca. O próximo passo será comprar alguns móveis para o apê, pregar quadros e ajustar alguns detalhes. Em meio a tudo isso, vou passar os próximos 8 finais de semana enfurnada* numa sala de aula estudando para um concurso importante, e que consequentemente deverá me afastar bastante da vida virtual. Mas na medida do possível, vou atualizar o blog, nem que seja com textos escritos há algum tempinho e já publicados.

E, sem a mínima dúvida, ficarei impossibilitada de viajar e de receber visitas, de modo que só em novembro poderei rever as pessoas de Sampa. Torçam por mim, serão dois meses extremamente importantes para o meu futuro.

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Personalidades da semana:
Dessa vez posso dizer que vi alguém realmente famoso.
Começando pelo de menor importância, vi o Rodrigo Hilbert (também conhecido como marido da Fernanda Lima) e alguém que estava de costas e talvez fosse a supracitada moça.
Vi no aeroporto do Rio, o Jorge Benjor. Figura estranha, pequenininho, apagado e com um tique nervoso na boca.
E em São Paulo vi o Felipe Massa. Esse sim me surpreendeu, negativamente. Estava com a mulher grávida (por sinal, muito mal cuidada) e com cara de poucos amigos, talvez não querendo ser importunado por causa de perguntas referentes ao acidente e ao olho recém operado. Mesmo passando ao meu lado, por alguns segundos tive dúvida se era realmente ele, pois achei o dito cujo mal vestido e muito, muito pequeno. Tinha impressão dele ser maior, ou pelo menos mais musculoso. E mais simpático também.

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* Piada interna: Espero que tenham sacado o uso de duplo sentido desta palavra.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Comemorações

O último final de semana foi bastante atípico. Eu que costumava viajar para o Rio, deixei a cidade maravilhosa e viajei para a terra da garoa.

Minha ida tinha dois motivos, uma mega festa (que por sinal foi ótima), e o principal deles, a miha mudança.

Depois de passar dias escolhendo a transportadora, ter conseguido um bom preço e condições de pagamento bastante interessantes, rumei a São Paulo na manhã de 6a. Cheguei lá por volta de meio dia e passei quase toda tarde com a prestativa Zeni, arrumando meu apartamento para deixá-lo pronto para ser invadido por um exército de homens que em 48 horas estaria entregando tudo no Rio.

Essa parte do trabalho foi bem mais fácil do que pensei. Em menos de 4 horas, nós duas colocamos uns 95% de um apartamento de 40 e poucos metros quadrados na sala.

Ao ir mexendo em cada canto, em cada armário ou gaveta, momentos diversos me vinham à memória. A maioria deles agradável, alguns nem tanto. Mas todos fizeram parte da minha vida durante os exatos 2 anos em meio em que vivi lá.

Tive uma sensação muito estranha ao ver minha casa sendo desmontada, mas inicialmente, envolvida pela agitação do momento, nem tive tempo para pensar no assunto.

Sáabdo, logo após a mudança, com a sala ocupada apenas por alguns poucos móveis que resolvi não trazer, sentei no sofá e tive uma crise de choro. Devo ter ficado 10 minutos chorando copiosamente, ao me dar conta de que muito provavelmente aquela seria a última vez que pisaria naquele apartamento, que teve um significado importantíssimo na minha vida. Momentos inesquecíveis foram vividos ali, motivo pelo qual é um lugar inesquecível para mim. Como diz a minha prima, é um luto que eu estou processando (ou algo que o valha).

O curioso é que acho que tal luto ainda não foi processado. Prova disso, foi algo que me aconteceu ontem. Estava em casa arrumando minha recém chegada mudança, quando pensei em ir a um lugar no dia seguinte. Eis que de repente me dou conta de que tal lugar é em São Paulo, e não no Rio. Não creio que tenha sido um bom sinal.

Estava tão mexida e tão cansada com essa mudança, que durante os dois dias e meio que fiquei em São Paulo, fui protagonista de alguns episódios, no mínimo engraçados.

No domingo, depois de uma super festa e uma noite mal dormida, fui chamar o táxi que me levaria ao aeroporto. Ao ser perguntada sobre o meu destino, não pensei duas vezes e disse "Santos Dumont". Só me dei conta da besteira quando a atendente perguntou onde ficava tal rua. Comecei a rir e disse que era Congonhas, ainda tentando explicar que havia confundido os aeroportos.

Quando cheguei lá e desci do táxi, peguei um daqueles carrinhos para mala, e andei uns 50 metros, até que um sujeito veio me mostrar que eu estava levando dois carrinhos em vez de um! Me senti tão pateta que devo ter ficado roxa de vergonha e com vontade de abrir uma cratera no chão para eu entrar e sumir. Como as pessoas normalmente me olham quando eu ando, não percebi se naquele momento estavam me olhando por causa do meu andar ou por causa do carrinho duplo. Ou ambos, o que é bem mais provável. Nem havia me dado conta do que fiz, mesmo tendo sentido que aquela mala estava estranhamente pesada.

Passada a vergonha, chego no check-in, e protagonizo mais uma cena ridícula. Quando me perguntaram para onde estava indo, pensei por alguns segundos (o que já denota meu estado mental lamentável), e soltei a pérola do dia: "São Paulo". A coitada da menina ficou meio sem graça e me disse "Senhora, acho que você está indo para o Rio, aqui é São Paulo". Eu só disse "Ah é", e mais uma vez pensei em me enfiar naquela cratera no chão.

Felizmente essa foi a última gafe do dia. O voo saiu rapidinho, cheguei rápido ao Rio, mas ao entrar no táxi, doida pra chegar em casa e dormir, fiquei sabendo que o trânsito estava caótico por causa da demolição de um elefante branco bem perto do meu destino, o que fez com que o trajeto de uns 20 minutos e no máximo R$ 25, se transformou num martírio de quase 1 hora e meia e um rombo de R$ 47 !

Cheguei em casa cansada e irritada, mas com um almoço me esperando e uma cama deliciosa na qual dormi por 5 horas seguidas em plena tarde de domingo, para no dia seguinte estar inteira e encarar a nova etapa da mudança.

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Personalidades da semana: Vi no aeroporto o baterista e o baixista do Skank. E só. Aliás, agora que estou morando num bairro menos Manoel Carlos, a probabilidade de ver famosos foi radicalmente reduzida.