terça-feira, 15 de setembro de 2009

Eu e o apartamento

Pouco menos de quinze dias após ter me mudado, posso dizer que felizmente eu e meu apartamento estamos conseguindo desenvolver uma boa relação, claro que com alguns pequenos percalços.

Desde que me mudei, há quase 15 dias, pude observar algumas coisas curiosas, misteriosas ou até mesmo prosaicas que acontecem por lá.

No meu primeiro dia, eu voltei do trabalho, jantei, lavei a louça e fui arrumar a casa. Na manhã seguinte, quando fui pegar a caixa de fósforo ao lado do fogão, percebi que a mesma tinha sido molhada, estragando os palitos e a lateral. É aí que mora o mistério. Claro que não estava pingando nada do teto, isso seria bastante óbvio. De onde veio a água que molhou a caixa? Passei dias pensando no assunto, pedido opiniões e estava quase chamando um paranormal para descobrir o que estava acontecendo, quando tive um insight e descobri o que aconteceu. Mas vou deixar vocês também pensarem um pouco e contar sobre minha descoberta só na semana que vem.

Outro mistério envolvendo água, encontra-se no banheiro. Um dia tirei uma roupa e coloquei-a numa prateleira aberta, junto à pia. No dia seguinte a roupa estava úmida. Pra esse mistério ainda não tenho a resposta. Sei que sem se ver o ambiente fica difícil dar uma opinião mais concreta, mas se tiverem palpites, aceito.

Na primeira noite já tive um pequenino problema que acabou se mostrando um dilema a ser resolvido. Quando fui dormir, deixei a porta do quarto entreaberta para que meus gatos não ficassem do lado de fora. Eis que a circulação de vento fez a porta abrir, o que me proporcionou uma visão que me incomoda. Dependendo de onde estou deitada, eu vejo a porta da sala para a rua, o que me não me deixa ter um sono tranquilo.

Achei que havia encontrado uma solução. Coloquei um peso de porta do lado de dentro do quarto, apoiando-a para que não abrisse totalmente e deixei um espaço pros gatos circularem. Mas com o tal ventinho, a porta acabou batendo (percebe-se nesse momento que ela é indecisa, pois fica de um lado pro outro e sempre acaba batendo). Não me movi e deixei-a fechada, até que por volta das 3 da manhã, minha gata resolve ficar infindáveis e insuportáveis minutos arranhando a porta, e eu levanto para abri-la. Fechei a janela e liguei o ar-condicionado, deixando o quarto sem corrente de ar. Essa noite o problema foi resolvido.

E ainda tem um agravante sobre o qual eu não falei. Se eu abro a janela, com o vento a persiana, de um material duro e grosso, fica batendo na base da janela e fazendo barulho a noite toda. Insuportável. Ate encontrar uma solução, tenho dormido com o ar ligado nas noites quentes ou com a janela semi fechada quando está fresquinho. Mas essa decididamente não é a solução mais sensata, visto que fresquinho aqui é algo quase inexistente. Em compensação o calor também não está tão forte a ponto de justificar o uso de ar-condicionado. Preciso encontrar uma solução o mais rápido possível.

Em compensação, outros aspectos da vida solitária, muito me agradam. Consegui colocar telefone, TV a cabo e minha amada internet em casa, podendo usufruir desses benefícios como melhor me convier, sem ter que pedir permissão para nada, baixar minhas músicas, fuçar meus documentos arquivados e poder atualizar meu blog quando eu bem entender (a Internet do trabalho só me permite fazer isso pela manhã, inexplicavelmente).

Além disso, já estou com DVD instalado, o que me permitiu depois de um bom tempo de abstinência, ver um filme em casa, do qual, aliás, me tornei fã: “Dois dias em Paris”. A sinopse fala em romance, mas eu vi muito mais do que isso, e acho que morri de amores pelo dito cujo, não por ser em Paris, mas por tratar de relacionamentos e aquele temor que acompanha muitos deles, a famosa discussão, da qual eu confesso gostar.

Achei que fosse sentir falta de ler o jornal impresso todo dia ao chegar em casa como vinha fazendo. E senti mesmo, tanto que dois dias depois da minha definitiva mudança, fiz uma assinatura. Adoro poder chegar no final da tarde, abrir o jornal e ficar horas lendo o dito cujo, cortar o que me interessa e fazer anotações onde eu bem entender.

Uma “aquisição” interessante foi a contratação de uma diarista. Pagando pouco mais do que pagava em São Paulo, consegui uma pessoa (de confiança, quero crer) para limpar minha casa, varrê-la, lavar minhas roupas e principalmente fazer o que eu mais detesto, passar roupa. Santa Edith!

Outro prazer no qual ando pensando, é o de cozinhar. Não vejo a hora de começar a executar umas receitas que tenho guardadas e poder convidar umas pessoas para degustá-las (afinal, é o que se faz com comida boa !), e conhecerem meu cantinho.

Um aspecto que também me deixou muito feliz, é o silêncio que faz por lá. Não ouço nada que me incomode, seja de dia ou à noite. Adorei ficar livre, entre outras coisas, da mínima distância que separa a casa da minha tia de um bar no qual se tocava samba em altíssimo volume até meia noite! Priceless!

E não poderia deixar de comentar um dos aspectos mais legais dessa mudança, o fato de estar morando a menos de 10 minutos do trabalho, poder ir almoçar em casa, paparicar meus gatos, economizar dinheiro e ainda tirar um cochilo.

Semana passada consegui finalmente comprar alguns dos móveis essenciais para a minha sala ! Vão chegar dentro de alguns dias, o que está me deixando numa ansiedade sem tamanho. Estou tão empolgada que já comecei a procurar por outros itens que faltam e que ainda não tive como providenciar. Ao contrário do que fiz em São Paulo, quero ver logo esse apartamento arrumadinho, com a minha cara.

Enquanto isso, estou organizando a bagunça da qual ainda não consegui me desfazer, mas já pensando no futuro próximo, ou seja, o que porei em cada lugar, o que usarei ou não para decorar a casa, quais quadros vou querer usar e em que paredes. Uma coisa é certa, vou me desfazer de muita coisa, e outras vou guardar para eventualmente mudar a cara do ambiente, fazendo eventuais trocas de peças.


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Personalidade da semana:

Foi só comentar que eu sairia do bairro do Maneco e não veria mais ninguém, que numa passada por lá no último domingo, me colocou frente a frente com aquele que julgo ser um dos mais belos espécimes do sexo masculino atualmente e que sempre torci para ver por aqui durante as minhas andanças: Alexandre Borges. Preciso dizer mais alguma coisa? Sim, preciso. Dizer que por alguns segundos me senti como uma adolescente pateta na frente de um ídolo, e que só me faltou a coragem pra tietá-lo. Esse merece. Que homem bonito, charmoso, discreto! E que sorriso! Fui para casa mais bem humorada do que eu já estava.

6 comentários:

  1. Uau, apto novo e Alexandre Borges na área? Quantas boas novas!!

    Boa sorte aí! Tô no perrengue, trampando muito e namorando e com acesso restrito à internet...

    bjim!

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  2. Bom, eu imagino que possa ter acontecido duas coisas sobre seus problemas com água:
    1-vc é de aquário, e mesmo que este seja um signo de ar, água sempre cabe dentro dele e chega até vc de alguma forma. =D
    OU
    2-o Rio é tão quente que até fósforos e roupas suam! O.o
    Espero que os problemas se resolvam, mas to feliz por todas as outras coisas estarem dando tão certo! =)
    Beijocas e se cuida.

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  3. Mas afinal você veio de São Paulo ou do Polo Norte? Menina, eu ainda estou dormindo de edredon, por causa desse "fresquinho" da madrugada! :) E olha que moramos no mesmo bairro... Falando nele, essa é uma das grandes vantagens (a única?) em relação ao Leblon: o silêncio.
    Beijos, querida!

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  4. Rafinha! Quantas boas novidades!!! To doida p/ saber o misterio da caixa de fósforo! hehehe

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  5. Gostei da teoria de que os fósforos suam! Hahahaha...

    Alexandre Borges é tudo de bom. Até o Mosca acha ele lindo, hahahahah...

    Beijos,
    Fabi
    http://depoisqueeudescobri.wordpress.com

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  6. Nossa Rafa, sua casa tem uns misterios aquaticos que mal posso esperar para ver revelados!
    Sendo bem enxerida... to louca para ver fotos do ap.
    beijinhos

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